A Arte de Thiago Alves
Poemas & Cores - A expressão da alma.
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Textos
COISAS DIFICIL DE VÊ
Nunca vi nem vi dizer
Que se visse nada disso:
O tal do chá de sumiço
Você pagar pra não vê
Pagar conta sem poder
O pingo do meio dia
O sal saigá como pia
A tal da Boca da Noite
Nem morto levar açoite
Nem vaca velha ser novilha.

Eu já vi estripulia
Estória de todo o canto
Mais o milagre do Santo
Que acontece na luz do dia
Pra ateu se convencer
Você morre e nunca vê!
Nem ninguém sabe ou indica
Os Quatro cantos do mundo!
Eu já bati mundos e fundos
E ninguém me deu a dica
Do Meio do Mundo onde fica
Nem as Profundezas do fundo.

O tal do sono profundo
Não tem quem meça a fundura
Eu não sei de qual altura
Se vê coração com fundo
Eu nunca vi nesse mundo:
Escada pra ir pro céu
Nem Santo usando chapéu
Nem corda de coração
Nem doido usando razão
E eu nunca vi Lua-de-mel.

Nunca vi padre em bordel
Nem vi revólver sem cano
Eu nunca vi um cigano
Que não goste de uma dança
Eu nunca esperança
Valer menos que um grilo
Formiga tirar cochilo
É coisa que não se vê
E pode ser e pode não ser
Que um doido fique tranqüilo.

Eu nunca vi o estilo
Que a mulher se torne gata
Nunca vi usar gravata
Individuo sem pescoço
Nunca vi fazer esboço
Pra poder se dar um traço
Nunca vi se marcar passo
Por dentro de coração
E o tal do enterro de anão
Pra se vê é um fracasso.

Nunca vi papo ser laço
Que possa laçar ninguém
Nunca vi linha de trem
Servir pra fazer croxé
Nem merda virar boné
Nunca vi chifre de corno
Nem quem morrer ter retorno
Nem raça ser vira-lata
Nem pinto enjeitar barata
Nem justo aceitar suborno.

Quem toma um café morno
Nunca vi dizer que presta
Eu nunca vi se fazer festa
Quando se perde o que tem
Nem quando se perde alguém
Tal fato eu não vi se dá
No tal do doido de asilo
Ninguém nele acreditar
Nem tonelada ficar
Por causa de meio quilo.

Nunca vi asa de esquilo
Nem vento de fazer cama
Nem vi gato usar pijama
Nem choro de crocodilo
Nunca vi guardar sigilo
O safado cabueta
Nem gelo que não derreta
Nem rio de leite que corra
Nem de véspera, alguém que morra
Nem anjo tocar trombeta.

Nunca vi botar gaveta
Em caixão para defunto
Eu nunca vi nem o assunto
Cristo perder pro Capeta
Nunca vi usar moleta
O aleijado sem braço
Eu nunca vi nesse mundo
O tal do poço sem fundo
E eu nunca vi nervo de aço.

Já vi o tal de compasso
Fazer a roda pequena
Já vi tomar cibalena
No lugar de cibazol
Mais nunca vi roda maior
Passar dentro da pequena
Nem nunca vi uma cena
Desses versos qüiproquó
Isso é só pra fazer rima
Para laranja virar lima
Na volta de eu anzol.
A Arte de Thiago Alves
Enviado por A Arte de Thiago Alves em 26/01/2015
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