O som da minha canção
A luz do meu pensamento
O meu teto no relento
A força da inspiração
Sonata do violão
Das longas noites em que prego
Peso da cruz que carrego
No meio da multidão!

Latejo do coração perfume da cachoeira
Germinar da sementeira
Gameta da comunhão
Pérola negra encantada
Desígnio desse meu sonho
Calma do dia enfadonho
Relógio da madrugada!

Despertar da alvorada
Meu diamante moreno
Que corta o cristal sereno
Da minha taça quebrada
Mensagem do meu querer
Da mente desconhecida
Voz do princípio da vida
Ave de raro saber!

Impulso do meu querer
A força da adrenalina
Eco da voz feminina
Raios do amanhecer
Oxigênio dos mares
A mais extrema altitude
A mais incrível virtude
Do puro ozônio dos ares!

“Eu poeta” de cantares
Que canta as gotas do néctar
Das flores do meu pomar
Justiça cega e correta
Do mais profundo julgar
Zangão da minha colmeia
Magia da lua cheia
Choupana na beira mar!

Entrância de o meu querer
Trilha dos Alpes mais altos.
Proveniência dos fatos
Que possam me acontecer
Caminho que eu enveredo
Intuito do objetivo
Do pensamento mais vivo
Sem procedência do medo!