Thiago Alves
                                          
Agora...!
Somente agora?
Agora não sou mais eu!
Aquele ser que viveu
Na esperança de outrora
De tanto esperar, morreu!

Tanto amor que eu te dei
Tanta paixão que eu tinha
Que eu nem sei de onde vinha
Pra onde foi eu não sei!

Talvez eu saiba. Talvez!
Não agüentou mais, morreu!
Aquele amor que era teu
Fugiu da insensatez!

Tentado viver a lei
Sempre dando amor sozinho
Eu me cansei no caminho
E de caminhar parei!

Por quanto tempo eu fiquei
Enganchado em tuas malhas
Cansado de mil batalhas
Por tanto desanimei!

Puseste uma divisória
Passei de rei a cativo
Tornando-me um inativo
Mudaste minha trajetória!

Destes-me as costas sorrindo
Gritei fingiu não ouvir
Caí e tornei cair
E continuei caindo...!

Levantei-me só num pranto
Como um cão chicoteado
Sentindo-me escorraçado
Fui jogado num recanto!

Desfiz a minha ilusão
Estou com a voz afônica
Que ante s era sinfônica
Em cânticos do coração!

Veja agora a minha face
Enrugada e envelhecida
A minha ressequida
O meu olhar sem realce...!

Tu viste que o nosso amor
Estava preso por um fio
Mas, laçaste o desafio.
Sem pensar na minha dor!

O fio se arrebentou
Por falta do punho teu
Nosso amor caiu, morreu.
Contudo não nos matou!
E assim me transformou
Em tudo que sou agora
E aquele ser que viveu
Que te amava e era teu
Na esperança de outrora
Volta a viver, revigora.

Mas, agora não sou mais eu!