Versículos de 01 à 36.

Havia entre os fariseus
Um Nicodemos chamado
Que era príncipe dos judeus
De um tino obstinado
Foi ter com Jesus a noite
Para assim ser ensinado.

Disse Rabi bem sabemos
Que és o divino Mestre
Porque ninguém faz sinais
Aqui no mundo terrestre
Se O Deus não for com ele
Ninguém faz o que fizeste.

Jesus respondeu e disse
Na verdade na verdade
Se não nasceres de novo
Não verás na eternidade
O reino do Senhor Deus
Que guarda a fidelidade.

E respondeu Nicodemos
Como pode um homem velho
Nascer uma outra vez
Por esse teu evangelho
Voltar ao ventre da mãe?
Não entendo esse conselho.

Jesus respondeu mostrando
Aquele que não nascer
Da água e do Espírito
Não entra nem poder ver
O reino do Deus bendito
Nem a face do grande Ser.

O que é nascido da carne
Este é carne certamente
O que nasce do Espírito
É espírito fortemente
Não te maravilhes disto
Tens que nascer novamente.

O vento assopra onde quer
E ouves a sua voz
Mas de onde vem não sabes
Nem onde vai sabe vós
O que nasce do Espírito
Tem esse aspecto veloz.

Nicodemos respondeu
Como é que pode ser isso?
Jesus respondeu dizendo
És mestre e sabes isso?
És um sábio de Israel
Mas nessa lei és omisso.

Na verdade, na verdade
Te digo que nós dizemos
Testificamos o que vimos
Dizemos o que sabemos
Sem dá credo ao testemunho
Daquilo o que nós vemos.

Se falei coisas terrenas
Não crestes, como crereis
Se eu vos falar das celestes
Também não entendereis.
Ora ao céu ninguém subiu
Só O que desceu que vês.

Como Moisés levantou
A serpente no deserto
Assim o Filho do homem
Será erguido decerto
Pra todo o que nele crê
Obtenha o céu aberto.

Porque Deus amou o mundo
Que abriu essa lucerna
Dando o seu Filho unigênito
Da fortaleza eterna
Pra morrer sobe madeira
Pra quem crê ter vida eterna.

Pois Deus enviou o seu Filho
Não pra o mundo condenar
Para que o mundo por Ele
Conseguisse se salvar
Quem crê nele está salvado
Não crer, condenado estar.

Não crê no Filho de Deus.
A condenação é esta
Que a luz veio ao mundo
Mas os homens não atesta
Preferindo trevas à luz
As más obras os infesta.

Porque quem pratica o mal
Odeia a luz, não é dela
Para que suas más obras
Se aprovem longe dela
Mas quem pratica a verdade
Vem para a luz e vive nela.

A fim de que suas obras
Possam se manifestar
Porque são feitas em Deus
Pra que Ele possa aprovar
Se a obra não vem de Deus
Ele a faz reprovar.

Depois disto foi Jesus
Com seus discípulos a pregar
Lá na terra da Judéia
E se pondo a batizar
E João também batizava
Em Enom, outro lugar.

Ficava próximo a Salim
Pois lá havia águas tantas
Quem vinha e se convertia
Descia às águas quantas
Muitos eram batizados
Para a nova vida santa.

Porque ainda João
Não tinha sido lançado
Por Herodes na prisão
Para ser decapitado
Somente um pouco depois
O fato foi consumado.

Houve então uma questão
Entre os discípulos de João
Discutindo com os judeus
Sobre a purificação
E foram ter com seu mestre
Pra descobrir a razão.

Então foram ter com João
Disseram assim ao Rabi
O que estava contigo
No Jordão além daqui
Do qual deste testemunho
Segue batizando ali.

João respondeu, e disse
O homem não pode ter
Nem receber coisa alguma
Se lá do céu não prover
Vós mesmos sois testemunhas
Da minha forma de ser.

Vos disse eu não sou o Cristo
Mas vim adiante dele
Quem tem a esposa é
O esposo que é aquele
Sou amigo do esposo
Eu dei testemunho dele.

O Amigo assiste e ouve
Alegra-se com sua voz
Assim tenho me alegrado
Que ele cresça veloz
Enquanto eu diminua
Que Ele sempre seja noz.

Aquele que vem de cima
É sobre todos os demais
Quem vem da terra é da terra
Fala da terra inda mais
Aquele que vem do céu
Domina os ademais.

Quem ouviu seu testemunho
Viu que Deus é verdadeiro
Porque o mesmo enviado
O confirmou por inteiro
Tem por medida o Espírito
O que o Pai amou primeiro.

Para Ele todas as coisas
Deus Pai entregou nas mãos
Aquele que crê no Filho
Tem a própria salvação
Mas aquele que não crê
Tem ira e condenação.

Thiago Alves