A Arte de Thiago Alves
Poemas & Cores - A expressão da alma.
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EVANGELHO SEGUNDO JOÃO - Capítulo 07 - CORDEL de THIAGO ALVES
VERSÍCULOS DE 1 À 53

E depois disto Jesus
Andava na Galiléia,
Pois já não queria andar
Pela terra da Judéia
Pois procuravam matá-lo
Por causa da sua ideia.

E estava próxima a festa
Dos tabernáculos e judeus
Sai daqui vai pra Judéia
Disseram os irmãos seus
Pra verem as obras que fazem
Também os discípulos teus.

Porque ninguém nesse mundo
Que queira ser conhecido
Faz sua obra em oculto
Antes faz ser difundido
O que faz mostrando ao mundo
Seu conhecer difundido.

Porque mesmo seus irmãos
Nele não queria crer
E assim lhe aconselhavam
Pra divulgar seu saber
Sobre essas coisas do alto
Para o mundo conhecer.

Disse pois, Jesus: Ainda
Meu tempo não é chegado
Mas vosso tempo está pronto
Vós não, mas sou odiado
Porque as suas más obras
Eu tenho testificado.

Subi vós a esta festa
Por quanto ainda não vou
Porque aqui o meu tempo
Inda não se completou
E, havendo dito isto
Na Galiléia ficou.

Porém quando os seus irmãos
Já tinham subido à festa
Então subiu também ele
Porém não se manifesta
Os judeus o procuravam
E não o encontravam nesta.

E argumentava o povo
Em grande murmuração
Falavam a respeito dele
Toda aquela multidão
Diziam alguns: Ele é bom.
E outros diziam que Não.

Este, engana ao povo!
Falavam não livremente
Por temerem aos judeus
Que compunham a tanta gente
Jesus estava em oculto
Observando somente.

Mas bem no meio da festa
Jesus ao templo subiu
E aquele povo ensinava
Como ninguém jamais viu
Os judeus se admiravam
Dentro daquele redil.

Dizendo como é possível
Como este as letras sabe
Sem nunca ter estudado
Como o entendimento cabe?
Ensina em segurança
Sem que seu saber desabe?

Jesus respondeu e disse:
Minha, não é a doutrina
Mas, de quem me enviou
Quem a sua vontade atina
Pela doutrina de Deus
Que prova que é divina.

Quem fala em si mesmo busca
Uma glória própria sua
Quem busca a glória daquele
Que o enviou, perpetua
Esse então é verdadeiro,
Esse é justo e continua.

Na Lei que vos deu Moisés
Não quereis observar!
Pra multidão perguntava:
Porque quereis me matar?
Diziam pois: Tens demônio!
Quem procura te matar?

Disse Jesus fiz a obra
Uma obra sem mistura
Todos vos maravilhais.
E será que por ventura
Não entendem essa obra
A tendo como loucura.

Moisés deu  aos vossos pais
A lei da circuncisão
Não que fosse de Moisés
Mas dos pais por adoção.
No sábado circuncidais
Nisso não fazem questão.

Se a circuncisão no sábado
Pode um homem receber
Sem que a lei de Moisés
Quebrantada possa ser
Curei um homem no sábado
Porque condenas meu ser?

Não julgueis pela aparência
Julgai segundo a justiça
Alguns de Jerusalém
Dos que a multidão atiça
Diziam não é esse o homem
Que pra matarem há cobiça?

Ele fala abertamente
E nada dizem por isto
Porventura sabem os príncipes
Que de fato este é o Cristo?
Todavia bem sabemos
De onde este é temos visto.

Mas, quando vier o Cristo,
Para nós se revelar
De onde é que ele vem
Ninguém aqui saberá
Assim é que deverá ser
Quando esse dia chegar.

Clamava Jesus no templo,
Lhes ensinando e dizendo:
Me conheceis de onde sou
Não vim de mim assim sendo
Mas vim de um verdadeiro
Do qual vós não estão sabendo.

Conheço-o porque sou dele
E o mesmo é quem me enviou.
Procuravam, pois, prendê-lo,
Mas ninguém assim ousou
Porque naquele momento
Sua hora não chegou.

E muitos da multidão
Dizendo assim criam nele
Quando o Cristo aqui vier,
Fará ainda mais que ele?
Ou fará sinais maiores
Do que tem feito aquele?

E ouvindo os fariseus
Que a multidão murmurava
De Jesus sobre estas coisas;
Os fariseus se juntavam
Aos príncipes dos sacerdotes
A prender Jesus mandavam.

Disse pois, Jesus: Ainda
Um pouco de tempo estou
Convosco e depois irei
Para o qual me enviou
Vós me buscareis, mas não
Por aqui não mais estou.

Porém vós não me achareis
Por não está mais aqui
E no lugar onde eu estou
Vós não podereis vir
Mesmo porque não sabeis
O caminho pra seguir.

Disseram, pois, os judeus
Uns aos outros a comentar
Para onde irá este
Que não lhe acharemos lá?
Irá pois, para os dispersos
Para aos gregos ensinar?

Será que palavra é essa?
O que ele quis falar?
Porque vós buscar-me-eis
E não podeis me achar
Para onde eu mesmo vou
Vós não podereis ir lá?

No último dia da festa
O grande dia de ser
Jesus pondo-se em pé
Clamou em assim dizer
Qualquer um que tiver sede
Venha a mim para beber!

Aquele que crê em mim,
Como diz a Escritura,
Os rios de água viva
Vinda do Deus de candura
Correrão desde seu ventre
Como nova criatura.

Dizia Ele do Espírito
Que haviam de receber
Todos os que nele cressem;
Para o Espírito receber
Que depois seria dado,
Pela glória do seu ser.

E muitos da multidão
Esta palavra ouvindo
Diziam que certamente
Este é o Profeta advindo
Outros diziam: Ele é Cristo
Que para nós está vindo.

Mas assim diziam outros:
Cristo vem da Galiléia?
Não está na Escritura
O Cristo vem de outra aldeia?
Descendência de Davi
De Belém, da Galiléia?

Dissensão por causa dele
Entre o povo muito havia
Alguns queriam o prender
Mas isso não conseguiam
Queriam lançar mão dele
Porém também podia.

Então foram os servidores
Reunir com os principais
Sacerdotes e fariseus;
Eles perguntaram mais:
Por que não o trouxestes ele?
Aquele a quem foste atrás?

Responderam os servidores
Homem algum falou jamais
Como este homem falou
E os fariseus inda mais
Também vós fostes enganados?
Creram nele os principais?

Porém esta multidão
Acrescentaram em dizer
A qual não conhece a lei
É maldita em assim ser
Assim mesmo discutiam
Como iriam proceder.

Nicodemos um principal
O qual com Jesus fora ter
Falou assim: Por ventura
A lei condena sem ter
Primeiro ouvido algum homem
Sem conhecer seu fazer?

E respondendo disseram
Da Galiléia és também?
Examina e tu verás
Que nenhum profeta vem
Do lado da Galiléia!
E foram pra casa, além.

Thiago Alves

A Arte de Thiago Alves
Enviado por A Arte de Thiago Alves em 17/12/2015
Alterado em 07/05/2023
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