A Arte de Thiago Alves
Poemas & Cores - A expressão da alma.
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Textos
EVANGELHO SEGUNDO JOÃO - Capítulo 06 - CORDEL de THIAGO ALVES
VERSÍCULOS DE 1 À 71

Depois disto foi Jesus
Pro outro lado do mar
Chamado da Galiléia
De Tiberíades o lugar
E a multidão o seguia
Pra vê sinais e curar.

E Jesus subiu ao monte
Depois assentou-se lá
E chegando seus discípulos
Junto foram se assentar
Já a páscoa dos judeus
Estava a se aproximar.

Jesus levantando os olhos
Vendo a grande multidão
Disse assim para Filipe
Onde compraremos pão
Pra alimentar esse povo
De tamanha vastidão?

Mas dizia isto Ele
Para o experimentar
Porque Ele bem sabia
Que providência tomar
Filipe disse uns duzentos
Em dinheiro inda não dar.
  
Veio um dos seus discípulos
André, irmão de Simão
Disse aqui tem um rapaz
Que tem um lanche na mão
São cinco pães e dois peixes
Não dá para a multidão.

Disse Jesus aos discípulos
Mandai os homens assentar
E havia bastante relva
Cobrindo aquele lugar
Assentaram-se, pois, os homens
Cinco mil a se contar.

Jesus tomou os cinco pães
Deu graças e os partiu
E entregou aos discípulos
E estes ao povo serviu
Igualmente com os peixes
E alimentou cinco mil.

Quando estavam saciados
Aos seus  discípulos ordenou
Recolham todos os pedaços
Que a multidão sobejou
Recolheram doze cestos
Da comida que sobrou.

Vendo, pois, aqueles homens
O grande milagre feito,
Diziam: Este é o profeta
Que veio ao mundo dá jeito
E vinham arrebatar Jesus
Pra  fazê-lo Rei eleito.

Mas, percebendo Jesus
Retirou-se do lugar
Seguiu sozinho ao monte
Para ali poder orar
E veio o cair da tarde
Ele ainda estava lá.

E, quando veio a tarde
Seus discípulos foram ao mar
Entrando eles no barco
Começaram a atravessar
Indo pra Cafarnaum
Do outro lado de lá.

E já estando escuro
O mar ficou agitado
O vento soprava forte
Jesus não tinha chegado
Vinte e cinco ou trinta estádios
Eles tinham navegado.

Viram Jesus sobre o mar
Caminhado firmemente
Se aproximando do barco
Temeram terrivelmente
Mas ele disse: Sou eu!
Vocês não temam somente.
  
O receberam no barco
Em paz e tranquilizados
E logo chegaram em terra
Onde tinham planejado
Mas já no dia seguinte
A multidão estava ao lado.

Ainda do outro lado
Do mar, viu a multidão
Que havia apenas um barco
Que os discípulos ante mão
Entraram e atravessaram
Sem mais outra embarcação.
  
Naquele barco Jesus
Não entrou a navegar
Mas seus discípulos sozinhos
Tomaram o rumo no mar
Indo para o outro lado
E a multidão ficou lá.

E chegando outros barquinhos
O povo busca ao redor
A Jesus e aos discípulos
Então puderam supor
Que estavam do outro lado
Foram atrás como ao pastor.

E chegando ao outro lado
Falaram assim ao Rabi
Mestre como tu vieste?
Quando tu chegaste aqui?
Jesus respondeu e disse
Sei o que buscais aqui.
  
Na verdade, na verdade
Vos digo que me buscais
Não pelos sinais que vistes
Mas ao pão que saciais
Esta comida perece
Pela qual vós trabalhai.

Trabalhai pela comida
Que nos dá a vida eterna
A qual o Filho do Homem
Vos dá de forma fraterna
Essa dura para sempre
E vos trará vida eterna.

Ele recebeu do Pai
Pois, assim Deus o selou
Disseram pois: Que faremos
Em obras assim de valor
Pra poder executarmos
As obras do Deus de amor?

Jesus respondeu dizendo
A obra de Deus é esta:
Creiam que Ele me enviou!
Disseram pois, o que testa
Que sinal, pois, fazes tu
Para crermos que tu atesta.

No deserto nossos pais
Comeram o maná decerto
Conforme está escrito
O maná do céu aberto
A comer o pão do céu
Que Deus derramou de perto.

Disse Jesus: Na verdade
Na verdade eu vos digo
Moisés não deu pão do céu
Mas meu Pai o qual eu sigo
Vos dá o pão verdadeiro
Vindo do céu como abrigo.

Porque o pão que Deus deu  
Aquele que vem do céu
Dá vida eterna ao mundo
Lhe retirando do léu
Perdoando seus pecados
Mudando todo escarcéu.

Disseram-lhe, pois: Senhor
Dá-nos sempre desse pão
Jesus lhes disse: Eu sou este
Pão da vida à remissão
Os que vem a mim e crê
Fome e sede não terão.

Já vos disse que também
Vós me vistes mas não credes
Todo o que o Pai me dá
Virá a mim para vedes
E aquele que vem a mim
Não lanço fora da rede.

Porque eu desci do céu
Não para a minha vontade
Mas para a obra do Pai
Em justiça e em verdade
Fazer a obra perfeita
Para toda a eternidade.

E a vontade do Pai
Que me enviou, é esta
Que nenhum dos que me deu
Se perca na missão mesta
Mas que eles ressuscitem
No ultimo dia que resta.

Porquanto a suma vontade
Do que me enviou aqui
É quem vê o Filho e crê
Tenha a vida eterna em si
Este eu ressuscitarei
No último dia porvir.

Murmuravam os judeus
Porque dissera: Sou eu
O pão que desceu do céu
E diziam entre os seus
Este aí não é Jesus?
E não  é José o pai seu?

Como diz: Desci do céu?
Os judeus se interrogavam
Jesus respondeu dizendo
Aqueles que murmuravam
Não murmureis entre vós
Esta palavra é sagrada.

Ninguém pode vir a mim,
Se meu Pai não o trouxer
Quem vem a mim não perece
Mesmo se a morrer vier
Este ressuscitarei
No último dia a saber.

Tá escrito nos profetas:
Todos serão ensinados
Pelo próprio Deus dos céus
Portanto os enviados
Que a voz do Pai ouviram
Virão e serão amados.

Não que alguém visse ao Pai
A não ser O que é de Deus
Este tem visto ao Pai
Na verdade que lhe deu
Vos digo quem crê em mim
O viver eterno é seu.

Eu sou este pão da vida
Que o Pai dos céus vos dá
Vossos pais lá no deserto
Do céu comeram o maná
Contudo ainda morreram
Jesus volta a afirmar.

O pão que desceu do céu
Tem vida em si natural
É fonte de vida eterna
Do trono celestial
Quem come dele não morre
Tornar-se-á imortal.

Disse: eu sou o pão vivo
Que de lá do céu desceu
Se alguém dele comer
Da minha carne comeu
Se eu der pão é minha carne
Para a vida o mundo ter.

Disputavam os judeus
Entre si assim dizendo
Como assim poderá este
Fazer isto assim sendo
Nos dar sua própria carne
Para nós seguir comendo?

Jesus disse: Na verdade
Na verdade digo eu
Se alguém não comer a carne
Que é do Filho de Deus
E não beber do seu sangue
Não tem mais vida, morreu.

Quem comer da minha carne
E do meu sangue beber
Terá uma vida eterna
E eu lhe darei poder
E lhe ressuscitarei
No último dia, há de ser.

A minha carne é comida
Meu sangue é pra se beber
Se alguém comer minha carne
E do meu sangue beber
Em mim permanecerá
Neste eu vou permanecer.

Como o Pai me enviou
Vivo pelo Pai assim
Quem de mim se alimenta,
Também viverá por mim
Este é o pão desceu do céu
Permanece e não tem fim.

Não são como vossos pais
Que comeram no deserto
O maná que deu Moisés
Depois morreram decerto
Quem come este pão não morre
Seu viver eterno é certo.

Ele disse estas coisas
Numa sinagoga ali
Estando em Cafarnaum
Quando ensinava o por vir
Esse discurso, os discípulos
Disseram: Quem pode ouvir?

Jesus sabendo em si mesmo
Que os discípulos murmuravam
Perguntou assim aos mesmos
Se eles se escandalizavam
E se vissem o Filho do Homem
Subir  para onde estava.

O espírito, vivifica;
A carne, nada aproveita
As palavras que eu vos digo
São espírito e vida eleita
Mas alguns de vós não crêem
Por não ter a fé perfeita.

Pois Jesus já conhecendo,
Desde o princípio sabia
Quais os que não criam n'Ele
Quem era que o entregaria
Se meu Pai não conceder
Ninguém vem a mim, dizia.

Desde então muitos discípulos
Descreram tornando atrás
Já não andavam com ele
Jesus falou inda mais
Aos doze: Também ireis?
Também acharam demais?

Respondeu-lhe Simão Pedro:
Pra quem iremos afinal?
Teu falar é vida eterna.
Cremos que és divinal
Sabemos que tu és Cristo,
Filho do Deus eternal.

Não vos escolhi os doze?
Assim respondeu Jesus
E um de vós é um diabo
Que não é filho da luz
Que era Judas Iscariotes
Um deles atrás do capuz.

Thiago Alves
A Arte de Thiago Alves
Enviado por A Arte de Thiago Alves em 17/12/2015
Alterado em 07/05/2023
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