A Arte de Thiago Alves
Poemas & Cores - A expressão da alma.
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Textos
EVANGELHO SEGUNDO JOÃO - Capítulo 11 - CORDEL de THIAGO ALVES
VERSÍCULOS DE 1 À 57

Na aldeia de Betânea
Lázaro estava doente
Irmão de Maria e Marta
Maria que certamente
Provou amar ao Senhor
Noutro momento decente.

E Maria era aquela
Que tinha ungido o Senhor
Com ungüento especial
De elevado valor
E aos pés com seus cabelos
Com cuidado os enxugou.

A suas irmãs mandaram
Dizer assim ao Senhor
Eis que se encontra enfermo
Aquele à quem tens amor
Jesus ouviu a mensagem
Mas não se preocupou.

E Jesus, ouvindo isto
Disse: Esta enfermidade
Não é própria para morte
Não é a finalidade
Mas é pra glória de Deus,
E do Filho na lealdade.

Jesus amava a Marta,
E a sua irmã Maria
Amava também à Lázaro
E aquela mensagem ouvia
Mas no lugar que estava
Ficou ainda dois dias.

Depois disse aos seus discípulos:
Vamos à Judéia outra vez
Disseram: Mestre inda agora,
Os judeus com estupidez
Procuravam apedrejar-te
E tornas pra lá outra vez?

Jesus respondeu dizendo
Não há doze horas no dia?
Se alguém de dia andar
Não tropeça a revelia
Pois vê a luz deste mundo
Caminhando em harmonia.
  
Mas, se alguém andar de noite,
Tropeça e mal se conduz
Caminhando em meio as trevas
Porque nele não há luz
Não consegue trabalhar
O trabalho não produz.

Assim falou; depois disse:
Lázaro, o nosso amigo, dorme,
Vou despertá-lo do sono
Seus discípulos em conforme
Disseram: Dorme? Estará salvo
Num pensamento uniforme.

Mas Jesus dizia isto
Falando da sua morte
Eles, porém, entenderam
Que era um sono forte
Que Ele falava em repouso
E não do sono da morte.

Jesus disse claramente:
Lázaro está morto agora
Folgo, por amor de vós,
Que eu não tivesse na hora
Para que acrediteis;
Mas vamos lá vê-lo agora.

Tomé, o chamado Dídimo
Aos condiscípulos assim falou
Vamos nós conjuntamente
Porque se o caso for
Pra morrer também com ele.
Como prova desse amor.

E chegando lá Jesus
Chorou aquela amargura
Já era de quatro dias
E Lázaro na sepultura
Chorava suas irmãs
Naquela hora de agrura.

Ora Betânia distava
Da grande Jerusalém
Cerca de quinze estádios
E os judeus vinham também
Consolar a Marta e a Maria,
Por seu irmão que convém.

Marta ouvindo que Jesus
Vinha vindo lhe encontrar
Foi depressa ao soeu encontro
Maria ficou no lar
Assentada e tristemente
Chorando sem controlar.

Desse à Jesus se estivesses
Marta falando ao Senhor
Conosco não morreria
O meu irmão nessa dor
Mas aqui tu não estavas
Nós ficamos nesse horror.

Mas também agora sei
Que Deus do céu te dará
Tudo quanto tu pedires
Ele a ti concederá
Disse Jesus: Teu irmão
Sim há de ressuscitar.

Disse Marta: Eu bem sei
Que há de ressuscitar
Naquela ressurreição
Que o último dia dará
Ressurgirá também ele
Como Deus determinar.

Jesus disse assim: Eu sou
A ressurreição e vida;
Aquele que crê em mim
A morte já foi vencida
Ainda que esteja morto
Terá vida garantida.

E todo aquele que vive,
E crê em mim, vencerá
Será sempre renovado
Esse nunca morrerá
À ti pergunto: Crês nisto?
Se creres, assim será.

Disse ela: Sim, Senhor!
Creio que tu és o Cristo,
O Filho de Deus altíssimo
Que conforme está previsto
Havia de vir ao mundo
Que nunca foi antes visto.

E, dito isto, partiu,
Em segredo foi chamar
Maria a sua irmã,
Que inda estava a chorar
Disse: O Mestre está aqui
Ele mandou te chamar.

Maria, quando ouviu isto,
Levantou-se apressada
Saiu ao encontro dele
Pela tristeza tomada
Porque Jesus não ainda
Chegara a sua morada.

Os judeus, que ali estavam
Com ela pra consolar
Que viram apressadamente
Maria se levantar
Lhe seguiram assim dizendo
Vai ao sepulcro chorar.

Tendo Maria chegado
Onde Jesus se encontrava,
Logo lançou-se aos seus pés,
Como quem muito esperava
Desse: O meu irmão morreu
Porque aqui não estavas.

Ele quando a viu chorando
Começou se perturbar
Os judeus vinham à Maria
Buscando lhe consolar
Jesus moveu-se em espírito,
Pôs-se também a chorar.

Perguntou: onde o pusestes?
Disseram: vem vê Senhor
Os judeus vendo-o chorar
Disseram: vê quanto amor
Que por Lázaro tinha ele
Expressando a sua dor.

E alguns deles disseram
Assim: Não podia ele,
Que abriu os olhos ao cego,
Ter livrado esse mal dele
Fazer com que não morresse
Porque não operou nele?

Jesus moveu-se outra vez
Em si muito mais ainda
Veio ao sepulcro em seguida
Era uma caverna e ainda
Uma pedra sobre ela
Numa sepultura finda.

Jesus disse: Tirem a pedra!
E Marta irmã de Maria
Disse: Senhor cheira mal,
Pois já é de quatro dias.
Falou Jesus não te disse
Tu crendo a glória veria?

Depois que tiraram a pedra
De onde o defunto jazia
Jesus, levantando os olhos
Para o céu que ali via
Dizendo Pai te dou graças
Por me ouvires neste dia.

Bem sei que sempre me ouves,
Mas eu quero assim expor
Por causa da multidão
Que está ao meu redor
Para crer que me enviaste
Na tua obra de amor.

E depois que disse isto,
Clamou com uma grande voz:
Lázaro, sai para fora!
E atado sobre lençóis
Ele sai da sepultura
Deixando a morte atroz.

Disse Jesus: Desligai-o,
E depois deixai-o ir
Muitos daqueles judeus
Que ali quiseram vir
Para consolar Maria
Creram em Jesus ali.

Mas alguns entre os judeus
Depois daquele momento
Foram ter com os fariseus
Para dar entendimento
Sobre o feito de Jesus
Naquele acompanhamento.

Os príncipes dos sacerdotes
Foram um conselho formar
Juntos com os fariseus
Dizendo o que se fará?
Este faz tantos sinais
Que vem a nos preocupar.

Se nós o deixamos assim,
Todos nele irão crer
Logo virão os romanos
Nosso lugar vão reter
Nos tirarão a nação
Perderemos o poder.

Posto o sumo sacerdote
Caifás, um deles que era
Naquele ano e lhes disse:
Não sabeis o que lhe espera
Também nem considerais
Uma coisa que assevera?

Não sabeis que nos convém
Que venhamos apontar
Par que um homem morra
Para o povo resgatar
Toda a nação não pereça
E muitos possam se livrar?

Mas, ele não disse isto
De si mesmo, por falar
Sendo o Sumo Sacerdote
Estava a profetizar
Jesus devia morrer
Para a nação se salvar.

E não somente a nação,
Mas também para incluir
Todos os filhos de Deus
Num só corpo a definir
Os que andavam dispersos.
Iriam se reunir.

Desde aquele dia, pois,
Já planejavam o matar
Jesus, manifestamente
Não mais queria andar
Saiu pra junto o deserto
De Efraim  noutro lugar.

Lá ficou com seus discípulos
E já próximo a começar
A páscoa que os judeus,
Costumavam celebrar
Muitos pra Jerusalém
Iam se purificar.

E procuravam Jesus,
Pelo templo a comentar
Será que não vem à festa?
E seguiam a procurar
Inquietos entre eles
Não conseguiam encontrar.

Os príncipes dos sacerdotes
E os fariseus tinham dado
Uma ordem a ser cumprida
Se Jesus fora avistado
Logo o denunciassem
Pra prenderem o acusado.

Thiago Alves
A Arte de Thiago Alves
Enviado por A Arte de Thiago Alves em 17/12/2015
Alterado em 07/05/2023
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