A Arte de Thiago Alves
Poemas & Cores - A expressão da alma.
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Textos
EVANGELHO SEGUNDO JOÃO - Capítulo 12 - CORDEL de THIAGO ALVES
VERSÍCULOS DE 1 À 50

Seis dias antes da páscoa
Jesus foi mais uma vez
Para aldeia de Betânia
Aonde o milagre fez
Quando Lázaro estava morto
O ressurgir Jesus fez.

Fizeram ali uma ceia
Pra Jesus oferecida
Marta com dedicação
Fazia a mesa servida
Também Lázaro estava a mesa
Vivendo uma nova vida.

Então Maria, tomando
Um arrátel de ungüento
De nardo puro, alto preço
Ungiu Jesus num contento
Secou-lhe os pés com os cabelos
Causando um cheiro portento.

Então, um dos seus discípulos,
O que havia de traí-lo
O Judas Iscariotes,
Se escandalizou com aquilo
Disse Por que não vendeu
E deu aos pobres em pugilo?

Mas, não por cuidado aos pobres,
Foi que ele disse isto,
Mas porque era ladrão
Tramando um plano previsto
E tendo a bolsa tirava
O que se lançava nisto.

Disse, pois, Jesus: Deixai-a;
Preparou pra aquele dia
Para a minha sepultura
Guardou isto com valia
Pois aos pobres sempre tendes
Mas a mim por poucos dias.

Muita gente dos judeus
Soube que ele estava ali
Foram lá pra vê Jesus
Mas também quiseram vir
Lázaro que ressuscitara
De dentre os mortos dali.

Os príncipes dos sacerdotes
Tomaram uma decisão
De matar também a Lázaro
Pois pela ressurreição
Mais judeus criam em Jesus
Causando preocupação.

E já no dia seguinte,
Uma grande multidão,
Viram Jesus vir a festa
E pra Jerusalém se vão
Tomaram ramos em palmeiras
E estenderam no chão.

E saíram ao seu encontro,
Clamavam: Hosana! Bendito
O grande Rei de Israel
Que vem como está escrito
Em nome do Senhor Deus
Este Rei será bendito!

E achando um jumentinho
Jesus montou por ação
“Sobre o filho de jumenta
Como nos escritos estão
Eis que teu Rei vem montado
Não temais vós de Sião”;

Os seus discípulos, porém
Inda não compreenderam
Mas, quando glorificado,
As escrituras entenderam
O que estava escrito dele,
E as coisas que aconteceram.

A multidão que estava
Viu Lázaro ressuscitar
Estando ele na cova
Podiam testemunhar
E vinham ao seu encontro
Por ouvir dele falar.

Diziam os fariseus
Entre si a murmurar
Vós nada aproveitais?
Com o que estar a se passar
Toda a gente segue a ele
Nós podemos observar.

Gregos que tinham subido
Pra na festa adorar
Rogavam então a Filipe,
De Betsaida o lugar
Cidade da Galiléia,
Para à Jesus lhe mostrar.

Filipe disse a André,
E Jesus foi avisado
Que lhes respondeu, dizendo:
O momento é chegado
Em que o Filho do homem
Há de ser glorificado.

Na verdade, na verdade
Vos digo que, se o grão
De trigo, que cai na terra
Ou que é jogado no chão
Não morrer, fica só ele
Se morrer, mais nascerão.

Quem ama a sua vida
Perdê-la-á, certamente
Quem neste mundo odeia
Sua vida de vivente
Certamente a guardará
Viverá eternamente.

Assim se alguém me serve
Este deve me seguir
Pois aonde eu estiver
Meu servo estará ali
O meu Pai o honrará
Aquele que me servir.

Agora minha alma está
Disse Jesus, perturbada
Porém, que direi ao Pai?
Salva-me dessa hora dada;
Pai, glorifica o teu nome
Minha vida seja dada.

Falou uma voz do céu
Já o tenho O glorificado
E o farei outra vez!
E a multidão do lado
Dizia ser um trovão
Ou um anjo tinha falado.

Disse Jesus: essa voz
Não é por causa de mim
Mas sim por amor de vós
Agora é o juízo sim
Do mundo será expulso
O príncipe dele que é ruim.

Eu, quando for levantado
Da terra no meu porvir
A todos eu atrairei
À mim para me seguir
Disse isto, significando
Sua morte no advir.

Respondeu a multidão:
Nós temos ouvido da lei
Que o Cristo permanece
Pra sempre sem outra vez
Como diz convém que Filho
Seja erguido da grei?

Quem é o Filho do homem?
Perguntava a multidão
Disse Jesus respondendo
A luz com o seu clarão
Ainda está convosco
Em pouco tempo, após não.

Enquanto vós tendes luz,
Devereis na luz andar
Pra que as trevas não venha
Chegar a vos apanhar
Pois se alguém anda nas trevas
Não saberá onde irá.

Enquanto vós tendes luz,
Esta luz a luminar
Crede na luz verdadeira
Para em verdade andar
Que também filhos sejais
Da luz que vos faz brilhar.

Jesus disse estas coisas
E se fez deles esconder
Em seguida retirou-se
E em tantos sinais fazer
Mostrados diante deles
Inda não queriam crer.

Pra se cumprir a palavra
Que da parte do Senhor
Pelo profeta Isaías
Dita com muito fervor
Nossa pregação, quem cria?
Quem viu o braço do Senhor?

Disse Isaías outra vez
Porque não podiam crer
Cegou assim os seus olhos,
Fez coração rijecer  
Pra que não visse com os olhos
E o coração entender.

Não vendo assim com os olhos
Possam mais se quebrantar
No coração entendendo
Venha em conversão se dar
Após sua conversão
Que eu venha lhes curar.

Isaías disse isto
Quando viu a sua glória
Assim este falou dele
Apesar da secatória
Uns principais creram nele
Pela sua trajetória.

Mas não o confessavam
Por causa dos fariseus,
Senão seriam expulsos
Da sinagoga com os seus
Pois amavam mais a glória
Dos homens do que a de Deus.

E Jesus clamando assim disse:
Como no qual me enviou
Se alguém crê em mim tá crendo
Como vê quem me mandou
Quem me vê a mim tá vendo
Assim ninguém se enganou.

Eu sou a luz verdadeira
Que a este mundo vim
Para que todo aquele
Assim queira crê em mim
Não permaneça nas trevas
Mas tenha uma luz sem fim.

E estas minhas palavras
Se alguém quiser ouvir
E não crer, eu não o julgo;
Não vim pra assim agir
Nem para julgar o mundo
Mas pra salvá-lo e servir.

Quem me rejeitar a mim,
E não quiser receber
Em si as minhas palavras,
Esse pode perecer
Porque já tem quem o julgue;
A minha palavra em dizer.

Porque não tenho falado
De mim mesmo; mas o Pai,
O que enviou a mim
Deu um mandamento mais
Sobre o que hei de dizer
E falar sobre os demais.

E sei que seu mandamento
É vida e eternidade
Portanto, do que eu falo
Falo da sua vontade
Falo como o Pai me diz
No espírito de verdade.

Thiago Alves
A Arte de Thiago Alves
Enviado por A Arte de Thiago Alves em 17/12/2015
Alterado em 07/05/2023
Comentários