A Arte de Thiago Alves
Poemas & Cores - A expressão da alma.
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Textos
EVANGELHO SEGUNDO JOÃO - Capítulo 18 - CORDEL de THIAGO ALVES
VERSÍCULOS DE 1 À 40

Tendo Jesus dito isto
Com seus discípulos saiu
Pro ribeiro de Cedrom
Para além dalí partiu
Onde havia lá um horto,
Onde ele se introduziu.

E Judas, que o trairia
Conhecia este lugar,
Porque Jesus muitas vezes
Reunia para orar
Junto com os seus discípulos
Naquele mesmo lugar.

Tendo Judas recebido
A corte e os oficiais
Dos principais sacerdotes
Fariseus e outros mais
Veio ali com lanternas
Archotes e armas tais.

Todas as coisas por vir
Jesus assim já sabendo
Perguntou a quem buscais?
Adiantou-se dizendo
E assim lhe responderam
A Jesus Nazareno.

Então lhes disse Jesus
Respondendo assim: “Sou eu”!
E Judas, que o traía
Estava com os fariseus
Quando, Jesus disse isso
Caíram que estremeceu.

Jesus disse: A quem buscais?
Tornando a lhes perguntar
A Jesus Nazareno
Responderam a tremular
Jesus respondeu: Já disse
Que sou eu que aqui estar.

Deixais ir a estes outros
Se é a mim que buscais!
Pra se cumprir a palavra
Que falou tempos atrás
Daqueles os quais me deste
Nenhum eu perdi jamais.

Então agiu Simão Pedro
Sacando de sua espada
E ferindo ao servo Malco
Dum sacerdote da guarda
Corta a orelha direita
Num golpe de salvaguarda.

Então Jesus disse a Pedro:
Põe tua espada à bainha!
Eu não beberei eu o cálice
Que meu Pai me dado tinha?
Acaso eu não poderia
Defender a vida minha?

Então a corte, e o tribuno
Seguiram no proceder
Com os servos e judeus
Buscaram a Jesus prender
Logo o maniataram
Levando-o no proceder.

Levaram primeiramente
Ao sacerdote Anás
Pois era o sogro do sumo
O sacerdote Caifás
Que era naquele ano
Superior aos demais.

E Caifás era o quem tinha
Aos judeus aconselhado
Que convinha que um homem
Fosse assim sacrificado
Morrendo assim pelo povo
Pro povo se libertado.

Pedro com outro discípulo
Seguiam a Jesus de perto
E o sumo sacerdote
Bem conhecia decerto
A esse outro discípulo
Que ali seguia liberto.

Entrou com Jesus na sala
Do tal sumo sacerdote
E Pedro ficou de fora
Logo voltou num rebote
Pediu pra que Pedro entrasse
Dentro da sala da corte.

A porteira disse a Pedro:
Não és tu discípulo dele
Ele respondeu: Não sou!
Não acreditaram nele
Noite fria e ante um fogo
Pedro aquentava com eles.

A cerca de seus discípulos
Jesus foi interrogado
Também da sua doutrina
Jesus respondeu sem brado
Eu falei abertamente
Ao mundo este meu legado.

No mundo eu sempre ensinei
No templo e na sinagoga
Onde os judeus se ajuntam
E não onde se esnoga
Nada falei em oculto
Porque então me interrogas?

Perguntai aos que ouviram
O que é que lhes ensinei
Porque eis que eles sabem
Pois ouviram o que falei
Disse a todos abertamente
Tudo quanto eu ministei.

Depois que ele respondeu
Recebeu um tapa forte
Dum servo dizendo isso:
Assim respondes à sorte
Sem temor e nem respeito
A um sumo sacerdote?

Então respondeu Jesus:
Será que eu falei mal?
Se achas que mal falei
Dá testemunho causal
Porém se eu falei bem
Porque me bates afinal?

E Anás mandou Jesus
Assim preso e amarrado
Ao sumo sacerdote
Caifás outro autorizado
Simão Pedro estava ali
E observava calado.

Tu não és discípulo dele?
À Pedro alguém perguntou
Ele meio constrangido
Respondeu assim: Não sou
E retirando-se do meio
De novo à Jesus negou.

Outro servo disse à Pedro
Falando assim afirmou
No horto, estavas com ele!
Mas Pedro outra vez negou
Negando a terceira vez
E logo o galo cantou.

Depois levaram Jesus
Da casa de Caifás
Cedo para uma audiência
Porém não entraram mais
Pra não se contaminarem,
E comer a páscoa de Paz.

Pilatos saiu disse
Qual é a acusação
Que têm contra este homem?
Responderam em expressão
Se não fosse um malfeitor,
Não o entregaríamos não!

Pilatos disse levai-o
Julgai-o na vossa lei
Os Judeus assim disseram
Não é lícito em nossa grei
Pra se cumprir o que disse
Jesus numa certa vez!

E entrando em audiência
Pilatos mais uma vez
Interrogando Jesus
Lhe perguntou: Tu és rei?
E Jesus disse: É de ti
Ou lhe disseram talvez?

Pilatos então respondeu:
Porventura eu sou judeu?
Tua nação juntamente
Com outros povos dos teus
Os príncipes dos sacerdotes
Te entregaram aos meus.

Diz a mim o que fizeste?
Pilatos assim perguntou
Jesus respondeu bem firme
Eu desse mundo não sou
Meu reino não é daqui
Mesmo assim aqui estou.

Se daqui meu reino fosse
Meus servos pelejariam
Para que eu não fosse entregue
Aos judeus que assim queriam
Mas daqui não é meu reino
Tudo corre à revelia.

Então respondeu Pilatos
Dizendo assim: Tu és rei?
Jesus respondeu: Tu dizes
Que eu sou rei. E eu bem sei
Eu para isso nasci
Vim ao mundo e demonstrei.

No mundo eu dei testemunho
Da verdade entre vós
Todo aquele que a pertence
Esse ouve a minha voz
Pilatos então perguntou
Que é verdade pra vós?

Dizendo isto, tornou
A ir ter com os judeus,
Dizendo eu não acho nele
Crime algum nos feitos seus
Neste aí eu não vi culpa
Nas respostas que ele deu.

Mas vós tendes por costume
Que na páscoa alguém eu solte
Quereis que vos solte agora
O Rei dos Judeus à sorte
Ou eu devo condená-lo
Para ser o réu de morte?

Então toda aquela gente
Tornaram a clamar mais
Dizendo assim: Este não
Mas solte à Barrabás!
Que era um salteador
Ladrão, tirador de paz.

Thiago Alves
A Arte de Thiago Alves
Enviado por A Arte de Thiago Alves em 17/12/2015
Alterado em 07/05/2023
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