A Arte de Thiago Alves
Poemas & Cores - A expressão da alma.
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Textos
A COBRA FANTASMA
A COBRA FANTASMA

Cordel de Thiago Alves
I
Vou lhe contar uma história
Dum causo mal sucedido
Com um rapaz que conheci
Cabra bom desinibido
Com dois metros de tamanho
Negão do olhar estranho
Desses caras destemidos.
II
É seu nome assim chamado
Nelmary Caramuru
Contou-me um de seus causos
Que causou grande rebu
Duma cobra perigosa
De aparência pavorosa
Gibóia ou sucucu.
III
De sobrenome pesado
Nelmary pisa sem dó
Quando grita estremece
Mata cobra e dá um nó
Jararaca ou muçurana
Cascavel ou caninana
Naja ou cobra de cipó.
IV
Certo dia em sua casa
Surgiu bem na vizinhança
Sob grande alvoroço
Gritos de desconfiança
Uma cobra no telhado
Sob os olhares cruzados
Do  povo com suas lanças.
V
No meio do corre-corre
Do chama-chama e alarma
Nelmary saiu correndo
Com uma poderosa arma
Pra salvação da lavoura
Era um cabo de vassoura
Como se fosse uma parma.
VI
Entre pulos e pinotes
Foi um grande tirinete
Empurrões e solavancos
Pega-pega até piquete
Tentando matar a cobra
Fizeram tanta manobra
Quebraram até tamborete.
VII
Subiram em cima das casas
Quebraram ripa e telhado
Era mulher desmaiando
Menino todo mijado
Rasgaram bombo e pandeiro
Rezaram com candeeiro
Teve até canto forçado.
VIII
Com tanto medo da cobra
Ajuntou uma multidão
Surgia  depois sumia
Este animal  vilão
Seria fantasma ou vulto?
Ou como diz o matuto
Talvez seja assombração.
IX
Como não mataram a cobra
Então chamara o IBAMA
E a polícia florestal
Chegou montada na fama
Gritou com grande firmeza
Viva aqui a natureza
Aqui se encerra o drama!
X
Esse animal ninguém mate
Viemos determinar
Pode morder comer gente
Mas ninguém deve tocar
Nela pra fazer o mal
É da fauna nacional
Que devemos preservar.
XI
A polícia vasculhou
Detalhado este lugar
Entrou e subiu em casas
Afastou virou sofá
Buscou embaixo de camas
Ascendeu e apagou chamas
Nem assim pode encontrar.
XII
Uns diziam é fantasma
Nelmary assim faalava
Cobra que aparece e some
Sem deixar rasto onde estava
Parece até lobisome
Que assusta só com o nome
Talvez nem aqui andava!
XIII
Não conseguiu descrever
Nessa sua narração
A cobra que pode ver
Numa dita ocasião
Pois ficou desesperado
Ficou todo arrepiado
Diante da aparição.
XIV
Daquele dia pra cá
Disse Nelmary pra si
Quando ouvir falar em cobra
Antes vou me prevenir
Pra vê se o bicho é real
Ou é espírito do mal
Querendo nos iludir.


A Arte de Thiago Alves
Enviado por A Arte de Thiago Alves em 20/05/2016
Comentários