RUINAS DO MEU PASSADO
Aquela antiga morada
Minha infância de ilusão
Foi pra mim uma mansão
Hoje vive abandonada
Em ruinas maltratada
Passei perto pra rever
Fiquei na porta à bater
Aberta pela metade
Mas apenas a saudade
Chegou pra me atender.
Não pude ali me conter
Chorando em desigualdade
Eu perguntei à saudade
Cadê mamãe que morava
Aqui onde eu tanto amava
Você pode me dizer?
Demorou pra responder
Sentou num canto da sala
Respondeu partindo a fala
O tempo deixou morrer.
Lágrimas no rosto a correr
Debaixo do arvoredo
Onde eu guardava segredo
Ali fui me recostar
Lá consegui encontrar
Inda meu nome gravado
O de mamãe apagado
Apenas as iniciais
Saí pra não voltar mais
Nas ruínas do passado.
Thiago Alves – 4/4/2018.
Thiago Alves Poeta
Enviado por Thiago Alves Poeta em 05/04/2018