SALVE O DIA DO FOLCLORE
Me lembro a tanta saudade
Da minha querida infância
Que o tempo sem piedade
Levou pra grande distância
Naquela simplicidade
A minha felicidade
Brotava em exuberância.
Os contos com rutilância
E mistérios com fulgor
Eu ouvia em radiância
Mamãe contar e expor
As suas ilustrações
Os mitos e as ilusões
Mostradas em grande esplendor.
O folclore e seu valor
Tinha uma força tremenda
A mente pronta a compor
Enquanto olhava a fenda
Da janela em pensamento
Ouvido em olhar atendo
O relatar de uma lenda.
Eu aprendi sem contenda
Sobre cada personagem
Que o grande Brasil agenda
Na sua enorme bagagem
Saci, Mula e Curupira
Caipora na sucupira
Mãe d’água noutra linhagem.
Mapim Guari na folhagem
Habitante da Floresta
O Negrinho da pastagem
Na Região Sul ele atesta
De Norte a Sul Lobisomem
À Menino, mulher e homem
Atemoriza e funesta.
A Iara também testa
Quem se atira na água
Nos açudes do Nordeste
Quem faz medo é a Mãe d’água
Quem desrespeita termina
No fundo da água fina
Sem ressentimento ou mágoa.
Sem apagar esta frágua
Desse saber altaneiro
Aceno aqui pra cultura
Desse saber verdadeiro
Que sempre cresça e explore
Salve o Dia do Folclore
Salve o povo brasileiro.
Thiago Alves.
Thiago Alves Poeta
Enviado por Thiago Alves Poeta em 27/08/2018