Se falassem essas ruínas
Diriam que muito além
Se ouvia apitar o trem
No trajeto das usinas
Trazendo o açúcar e sina
De hoje ter sa acabado
Esse transporte pesado
De sonhos e fortalezas
Circulou com mais leveza
O trem do nosso passado.

De Rosa e Silva au subir
Chegava-se a Itabaiana
No forte ciclo da cana
Timbaúba fez sedir
Onde concentrava ali
Grande polo açucarado
O açúcar era escoado
De "Aliança" e "Pureza"
Circulou com mais leveza
O trem do nosso passado.

Rosa e Silva é na fronteira
Pernambuco e Paraíba
Onde há cheiro de guaíba
Jaca, cana e bananeira
Onde a família Ferreira
Tem o seu nome gravado
Via férrea do passado
Cruzava com a natureza
Circulou com mais leveza
O trem do nosso passado.

Thiago Alves


Da publicação de Fábio Mozart
MEMÓRIA FERROVIÁRIA DEGRADADA

Estação ferroviária de Rosa e Silva, entre Itabaiana e Timbaúba, em ruínas.
MEMÓRIA FERROVIÁRIA DEGRADADA

Estação ferroviária de Rosa e Silva PE, entre Itabaiana PB e Timbaúba  PE, em ruínas.