A Arte de Thiago Alves
Poemas & Cores - A expressão da alma.
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Textos
JACKSON DO PANDEIRO - 100 Anos do Rei do Ritmo
A Paraíba destaca
No cenário nacional
Um forte exército na música
Como um grande arsenal
Nomes de peso e poder
De fazer estremecer
Num show ou num recital.

Nesse conjunto cabal
Citamos Flávio José
Chico César, Elba Ramalho
Sérgio Lopes e Capilé
Saúdo Pinto de Monteiro
O Rei Jackson do Pandeiro
Também Geraldo Vandré.

Renata Arruda inda é
Junto a Roberta Miranda
Somada com Tânia Alves
Uma forte e grande banda
Citamos Vital Farias
Zé Ramalho e mais teria
Nessa gigante demanda.

A Paraíba comanda
Na música e mais se expande
Com grande diversidade
Posta aqui de forma dândi
Suas cidades portais
Formam berços colossais
Como em Campina Grande.

Já em Alagoa Grande.
A pérola negra a brilhar
Neste versar me proponho
Ao um grande vulto exaltar
Como um farol altaneiro
Cito Jackson do Pandeiro
O Rei do Ritmo sem par.

Jackson pode ritmar
Forró, xaxado e baião
Samba coco de terreiro
Bateria e violão
Mas foi grande cavaleiro
Do instrumento o pandeiro
A quem fez consagração.

Na música fez extensão
No Brasil de leste a oeste
De norte a sul do país
E outro espaço que reste
Se a música era sua prova
Ele fazia uma trova
Sempre passando no teste.

Jacson foi cabra da peste
Junto ao Rei do Baião
Pernambuco deu Gonzaga
Bravo como Lampião
A Paraíba um celeiro
Nos deu Jackson do Pandeiro
A grande revelação.

Na música de antemão
Jackson repica o ganzá
Diz Coco não é baião
Respondendo em maracá
Coco dá satisfação
No Norte cantando João
Mexendo o caracaxá.

Mostra à Joca sem xaxar
Pra Didi Sebastiana
Sua voz a estontear
Junto com Paulo e Joana
Ritmando o coco implanta
Cria toca dança e encanta
Alça voo à música e plana.

Em branco e preto ele afana
Clube de força e bandeira
Com goleiro paredão
Linha que imita barreira
Ataque com munição
A chutar como um canhão
Ganha o jogo de primeira.

Pernambuco nessa esteira
Foi visitar Limoeiro
E lá entrou num fuá
Dançando um forró brejeiro
Ouviu gritar o Teixeira
Dona Zezé na peixeira
Chamou Jackson do Pandeiro.

E seguindo nesse outeiro
No brejo agreste ou sertão
Sabiá gorjeia e canta
A asa branca o carão
Vem-vem canta anunciando
Quando alguém está chegando
É sinal de animação.

Sinal de desilusão
Vem da ema quando canta
É sinal de urucubaca
O caiporismo se imanta
Desdita e o azar ataca
Faz desmanchar a mandraca
Segredo que um beijo planta.

A paraibana infanta
Foi lhe ensinar as vogais
A, E, I, O, U que emana
Tinha um pissilone a mais
Comadre Sebastiana
Como cobra caninana
Pulava dançando mais.

Jackson brilha nos anais
Seu estilo é sem engano
Saudamos seu centenário
Embora em outros planos
Que a Ciência evolua
O pandeiro continua
Tocando o ritmo dos anos.

Thiago Alves
A Arte de Thiago Alves
Enviado por A Arte de Thiago Alves em 08/05/2023
Comentários